Leis da Alimentação - Base para uma alimentação saudável

Comer faz parte da rotina diária de toda população. É por meio dos alimentos que introduzimos no nosso corpo os nutrientes que farão nossa máquina funcionar.

O ato de se alimentar, é um ato voluntário, motivado por uma cadeia de reações fisiológicas, que tem como objetivo suprir o organismo de todos os nutrientes básicos para a manutenção da vida.

Além disso, a alimentação tem uma motivação social, afinal, a vida social se organiza em conjunto com a alimentação. A culinária ou "cozinha" é a expressão da vida social, um modo de se reunir, compartilhar, estabelecer laços, dividir a comida, e assim por diante.

Por que nós comemos?

• Para fornecer energia para o organismo realizar nossas tarefas diárias, como: andar, pensar, respirar, batimento cardíaco, estudar, trabalhar, dormir, praticar atividades físicas, etc... São esses nutrientes energéticos: Carboidratos, proteínas e lipídeos;
• Para fornecer nutrientes que regulam nossas funções metabólicas e enzimáticas. São as vitaminas e minerais;
• Para fornecer água.

Pensando em nutrição e adequação, o Nutrólogo Argentino, Pedro Escudero, em 1938 criou as Leis da Alimentação que ainda hoje são consideradas a base de uma alimentação saudável:

1) Quantidade: A quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter em equilibrio o seu balanço. O bom senso é fundamental para não haver excessos nem restrições que possam prejudicar seu organismo. Vale ressaltar que cada indivíduo tem uma necessidade específica, e o único profissional capacitado para avalia-lá é o Nutricionista;

2) Qualidade: O plano alimentar deve ser completo, para oferecer ao organismo que é uma unidade indivisível todas as substâncias que o integram. A Variedade de alimentos fornece todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo. Quanto mais coloridas forem suas refeições, mais diversidade de nutrientes você está ingerindo;

3) Harmonia: A quantidade dos diversos nutrientes que integram a alimentação dever guardar uma relação proporcional entre si. O nosso organismo aproveita corretamente os nutrientes quando estes se encontram em proporções adequadas. Assim é importante haver um equilíbrio entre eles, pois as substâncias agem em conjunto. Por exemplo a relação do Ferro com a Vitamina C;

4) Adequação: "A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo". O estado fisiológico (gestação, lactação), hábitos alimentares (preferências), condições sócio-econômicas (acesso aos alimentos), alterações patológicas (presença de doenças) e os ciclos da vida (crianças, adolescentes, adultos e idosos) fazem com que o organismo tenha necessidades nutricionais diferenciadas, dependendo da situação em que o indivíduo se encontra.

Portanto, a alimentação deve ser qualitativamente suficiente, quantitativamente completa, variada, com seus componentes em harmonia entre si, adequados a pessoa que se destina.

Daniela Fernandes
Nutricionista